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domingo, março 19, 2006

O escritor cometeu um crime. Apenas não foi a sangue-frio

Capote enquadra-se no grupo dos "filmes de óscares". Um filme biográfico, que mostra a complexidade de uma personagem, que dificilmente pode ser inventada. A densidade destes personagens necessita uma qualidade de representação fora do normal. Quem são eles? John nash em "Uma mente brilhante", Ray Charles em "Ray", Johnny Cash em "Walk the line" e Capote no filme homonimo.

Capote não é uma biografia, mas sim uma parte da vida de capote. A altura em que escreveu o livro "A sangue frio" e esse livro é o ponto central do enredo. A história de como Capote investigou um crime, em que uma família foi cruelmente assassinada. Capote acompanha os assassinos durante o seu julgamento e torna-se intimo de um deles. Forma uma relação próxima com um deles, que com o tempo se torna tenebrosa. Pois o seu livro tem de terminar e o julgamento tem vindo a ser adiado durante anos.

Se até aqui Capote tinha ajudado os assassinos, com excelentes advogados, agora Capote deixa de ajudar. Eles têm que morrer para que o livro acabe. Enquanto capote ama um dos criminosos também o quer morto. Ele deixa de os ajudar com advogados, porque eles têm que morrer.

Quem é capote? Um escritor. Um assassino.

Mas este é também um "filme de óscar" e portanto o actor principal, Phlip Seymour Hoffmann, é a verdadeira estrela. São actuações assim que nos fazem ver a diferença entre um grande actor e um bom actor. Porque Hoffman, neste filme, é Capote. A maneira como fala, como olham como anda. Hoffman é capote durante 115 minutos e nós acreditamos nele.