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Ah ok

O sítio onde me beijas -aqui, no ombro esquerdo ainda não dói beija-me outra vez

terça-feira, junho 27, 2006

talvez

Talvez o segundo
(da lista dos filme preferidos)
seja o "constant gardener"
talvez

segunda-feira, junho 26, 2006

Teresa

A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna

Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.

Poema de Manuel Bandeira

sexta-feira, junho 23, 2006

Thom Yorke

"I feel tremendous guilt for any sexual feelings I have. So I end up spending my entire life feeling sorry for fancying somebody. Even in school I thought girls were so wonderful that I was scared to death of them. I masturbate a lot. That's how I deal with it."

[sobre a letra de "ok computer"]
"It was like there's a secret camera in a room and it's watching the character who walks in - a different character for each song. The camera's not quite me. It's neutral, emotionless, but not emotionless at all. In fact, the very opposite."


Um músico, como se fosse um pintor.

quinta-feira, junho 22, 2006

Victory for the comic muse


Divine comedy, a banda que nasceu em 1990, continua maganifica mesmo após Neil Hannon ter ficado sozinho. Na verdade, apenas no albúm "regeneration" se notou a saída do resto da banda. Nesse almbém, Neil Hannon tentou uma aproximação mais rock, mais pop e menos aquilo que os fans da banda se tinham acustumado. Mas se em "absent friends" o registo músical voltou ao que era, nada muda neste "Victory for the comic muse". Estão cá os violinos, um Neil Hannon alegre, o humor irónico e músicas épicas como "a lady of a certain age".

o meu ponto de vista (2)

"Tell me one more time, are you near? Are you near?/So scream at your window and tell me that you're near..."
The Gift- Are you near?

"I'm miles from where you are/I lay down on the cold gound/I, I pray that something picks me up/And sets me down in your warm arms"
Snow patrol-Set the fire to the third bar

"The distance is quite simply much too far for me to row/It seems farther than ever before

Oh no./I need you so much closer"
Death cab for cutie-Transatlanticism

quarta-feira, junho 21, 2006

o meu ponto de vista

"Forget what we were told/before we get too old/show me a garden that's bursting into life"
snow patrol-chasing cars

"And maybe i'm too young to keep good love from going wrong"
Jeff Buckley-Lover, you should've come over

Eyes open

No quarto album de Snow Patrol, a banda de Gary Lightbody encontra-se com a sonoridade de bandas como Coldplay, Damien Rice ou South. Um Rock alternativo que é agora adocicado
(nunca foi muito amargo)
e frequentemente angustiado, zangado. Todas estas caracteristicas variam conforme as músicas. Na verdade é assim que o albúm é. Enquanto músicas como "shut your eyes" ou "chasing cars" são realmente equiparáveis a coldplay, músicas como "it's beggining to get me" ou "headlights on dark roads" têm algo de Rooney.
(mas mais doce. mas mais Snow patrol, claro)
Na verdade é assim que o albúm é. Um rock, talvez mais comercial, de certeza mais acústico, que se ouve quando se está triste, alegre, zangado ou qualquer outra emoção inominável.

terça-feira, junho 20, 2006

Unable to fulfil

The first thing i remember is turning around the corner and being warned they were shooting at us

I thought they were wearing shades, but it was just their eye sockets. Were empty like skulls.

I looked at you but you just looked at me thinking maybe that i knew what to do

Everything slowed down after all this time I should have known Or you should have known One of us should have known

They were shooting at us after all this time

domingo, junho 18, 2006

miguel esteves cardoso - o Amor é fodido (2)

O café já não vende chocolate quente. Parece que é só no inverno.

estou nesta

Almoçei hoje no Paço de Carnide, com a minha família e lembrei-me. Aquilo que antes eram dois baloiços e um escorrega é agora um escorrega.
(palavra engraçada, escorrega)
Os baloiços eram dois pneus com uma corrente. Não andei lá muitas vezes, na verdade, apenas me lembro de uma. Era um almoço com todas aquelas tias e tios que dizem
-Cresceste tanto. A última vez que te vi eras assim
(e a mão a indicar)
Eu claro, era pequeno. Mais pequeno. Aqueles pneus eram talvez uma desculpa.
Estava lá uma rapariga, lembro-me que era gira. Eu era mais pequeno, tão envergonhado como agora. Falámos durante algumas horas. Agora, pergunto-me do que é que falei durante algumas horas.

sábado, junho 17, 2006

10 melhores filmes de sempre para mim(claro que não é de sempre, mas não existe um espaço temporal preciso.)

10-the lion king
9-Notting Hill
8-Mulhoand DR
7-Elizabethtown
6-Mirrormask
5-Fight club
4-garden state
3-Closer
2-
1-Lost in Translation

(o 2 fica vazio para que quando me lembrar "ah pois, o ******* é muito bom, devia tê-lo posto na lista" ainda o possa fazer)

miguel esteves cardoso - o Amor é fodido

Eu tenho a sorte de ter um jardim ao pé de casa
(não bem um jardim-mais uma praceta com um café e árvores)
que me lembra este livro
(o amor é fodido)
Como se fossem memórias que estão lá. Memórias que não ficaram comigo. Basta estar alguma luz, um certo calor e aquele jardim
(praceta com árvores)
é uma caixa com sentimentos aprendidos. Emoções óbvias. Passo por lá e sei
-O amor é fodido do Miguel Esteves Cardoso
é o nome deste sentimento. É extraordinário quando se pode dar nomes aos sentimentos.
Lembro-me de estar sentado dentro do café
(o tal café da praceta)
e de beber uma caneca de chocolate quente
(a minha primeira)
e de perceber o que o amor pode ser
(felizmente, não o que o amor é)
e a tristeza, a alegria, o ódio. Uma receita única que resulta da mistura de todos estes, numa quantidade exacta. Uma receita que forma
-O amor é fodido do Miguel Esteves Cardoso
e poucos livros me conseguem fazer sentir algo. Sou um mau leitor.

segunda-feira, junho 12, 2006

estado civil

www.estadocivil.blogspot.com

por pedro mexia

sábado, junho 10, 2006

Querida, não me procures hoje

Escondo-me em todos os segundos que esperam a tua respiração
E espero eu também, sempre esperei
Que o ar perca o cheiro a lavanda
Que todos os segundos se tornem memórias

Escondo-me naquele espaço entre as tuas costas e a camisa
Tentando sentir-te sem que tu me sintas
e com a minha respiração desenho nuvens
naquele espaço entre as tuas costas e a camisa

Escondo-me em todos os segundos e os teus olhos estão vermelhos
O desespero é agora doce de limão
e eu tento fazer-te um chá
naquele espaço entre as tuas costas e a camisa

quarta-feira, junho 07, 2006

devia ter dito adeus

Eu acredito em anjos, apenas porque tem que ser. Naquela sala cheia, aparentemente vazia, o som era seco. As paredes tinham prateleiras e estantes com livros. Vazias. Eu estava no chão, violado pela luz que não tinha luz. Uma luz cega que me tocava e eu já nada fazia. Já não me importava. Porque tu estavas tão perto. Tão longe.

Não estava vestido nem estava nu. A roupa confundia-me e eu tinha de perceber. Onde estavas.

Onde estavas?

E eu acreditava em anjos. Porque as suas asas são grandes e eles são bondosos. Tu eras uma anjo.

(ou um, o sexo dos anjos sempre me confundiu)

e talvez assim pudesses abrir os meus olhos. Talvez pudesses abri-los e olhar para eles. Eu já não os tento abrir. Tenho medo que o ar ainda seja apenas estática para cheirar. Tenho medo que os meus dedos doam quando eu abraçar o céu. Tenho medo que a minha pele esteja já negra.

segunda-feira, junho 05, 2006

How the grass is greener when it rains

Não há nada a dizer acerca da maneira como sorris. Nada que descreva directamente o sorriso. Não existe nenhuma enumeração de adjectivos que o descreva. Posso, no entanto, dizer que adoro céu quando fica cor-de-rosa acinzentado. Quando ficamos apenas os dois. Nós, juntos
(nunca suficientemente juntos)
no teu carro e tu vai a conduzir. Quando o sol são luzes de Neon e os teus olhos fixam o alcatrão, algo no alcatrão. Talvez o tracejado
(que passa e parece um cinema de dedo)
branco. O ar fica frio na pele. Encostas o carro no passeio e ficamos, os dois. Nós, juntos
(nunca suficientemente juntos)
ficamos. Apenas por um momento, ficamos.

Aí, sorris.

Desconcentras-me. Confundes-me. Acendo um cigarro e saio do carro. Encosto-me ao vidro de uma loja que vende memórias e fico a olhar. O céu está cor-de-rosa acinzentado. Com algumas nuvens que parecem anjos. Eu tu, dentro do carro, a olhar para mim.

Aí, sorris.

A tua boca fica, tu não falas, não esboças palavras. Não escreves no vidro nem desenhas corações de humidade. Apenas sorris. Nesse momento, tenho a impressão que a noite nunca virá realmente.

sábado, junho 03, 2006

Andreia vende o seu corpo por uma metáfora que envolva pombos

-Eu não aguento mais.
imagino-te sempre a meu lado, a sorrir.
-senta-te
e tu a sorrir.
É apenas isso que nós temos. Sonhamos um com o outro. Pensamos que vai ser como nos filmes.
-Ela vai-se sentar a meu lado a sorrir.
Mas na realidade, os apaixonados também almoçam no McDonalds. Às vezes, não têm nada para dizer. Nenhuma razão para sorrir.
Por isso, nós temos outra coisa. Algo que nos distingue de todos os outros. Nós não temos sexo telefónico: temos beijos à beira-rio telefónicos.

sexta-feira, junho 02, 2006

O homem triste


Sadman was pale white
Sadman smoked pot
Sadman didn't like himself